BLUMENAU - Em menos de um mês, o Parque Vila Germânica será tomados por cores, tendências, moda e negócios. Entretanto, a falta de um espaço adequado e o alto custo operacional levaram a organização da 10ª Feira Internacional da Indústria Têxtil (Texfair) suspender, nesta edição, o Texfashion, passarela da moda da feira. Dificuldades geradas pela crise financeira internacional afastaram empresas que costumavam desfilar.
Os desfiles eram promovidos pelas empresas interessadas em divulgar seus produtos nos corpos de celebridades ou de modelos profissionais da região. Uma estrutura com passarelas e holofotes era montada ao lado dos pavilhões da Vila Germânica.
A gerente de Comunicação Corporativa da Hering, Amélia Malheiros, reconhece que o Texfashion fará falta, mas afirma que os custos para trazer celebridades e pagar modelos forçaram o Sintex e as empresas a encontrar outros caminhos. A Hering estuda contratar personalidades catarinenses para participar da Texfair e da Caminhada Contra o Câncer de Mama, evento que é a novidade desta edição da feira.
Perde-se em glamour, mas não em qualidade. É o que garante o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário (Sintex), Renato Valim. Ele explica que a maioria das empresas participantes desejava que os desfiles ocorressem durante o dia, enquanto o público visita os estandes. Cogitou-se promover os desfiles no Galegão.
– Para isso, a estrutura teria de ser gigantesca. Teríamos um custo igual se montássemos um pavilhão de lona, fora do Parque Vila Germânica. Mas aí, entraria o sistema de climatização e o custo novamente seria elevado – explica Valim.
O diretor adianta que, para ano que vem, a Texfair terá novamente o brilho das passarelas. Ele salienta que o momento econômico brasileiro e mundial obrigou o Sintex a tomar a decisão de interromper o desfile.
– A marolinha não é tão marolinha assim e estamos cautelosos – afirma.
Algumas empresas já planejavam a participação no Texfashion. A Cativa, de Pomerode, via nos desfiles uma maneira de destacar os produtos de cada expositor.
– A decisão de cancelar o desfile é de poucos. Estamos estudando promover minidesfiles dentro do nosso estande e manter os clientes muito mais tempo dentro da feira – lamenta a diretora comercial da empresa, Cátia Maria Sprung.
O gerente comercial e de Marketing da Brandilli, Germano Costa, discorda da decisão do Sintex. Ele avalia que os desfiles eram o diferencial da feira que, na visão dele, tem mais foco em negociações do que na moda.
– Nos nossos desfiles trazíamos celebridades. Acabamos sendo pegos de surpresa, mas não vamos perder o foco – diz.
A empresa promoverá uma festa particular para os clientes. Segundo Costa, será uma maneira de suprir a falta do desfile.
Raffael do Prado para o Jornal de Santa Catarina
terça-feira, 14 de abril de 2009
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