quinta-feira, 23 de abril de 2009

Reunião irá discutir liberação de verbas para reconstrução de Blumenau

Estado e União buscam colocar fim no impasse

Cinco meses após a tragédia, um feito inédito. Pela primeira vez Estado e União resolvem "sentar" para discutir a solução para o impasse da liberação dos R$ 120 milhões para as obras de reconstrução de Blumenau, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas de novembro do ano passado.

De acordo com Humberto Kremer Neto, executivo de Articulação Política, nesta quinta-feira, às 9h, ele se reunirá com a secretária de Defesa Civil Nacional e consultoria jurídica do Ministério da Integração Nacional, Ivone Valente, em Brasília, para tratar do assunto.

Da reunião entre o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e o Grupo Reação, ocorrida na tarde desta quarta-feira para discussão do impasse burocrático, resultou num fato novo.

— A secretária Ivone reavaliou os processos hoje (quarta-feira) e a princípio não há incorreção. Há sim, um entendimento equivocado da consultoria jurídica do ministério — comentou o diretor da Defesa Civil Estadual, major Márcio Luiz Alves.

Para Alves, a consultoria está fazendo uma leitura muito jurídica, esquecendo a política de defesa civil.

Questionado sobre o porquê de o Estado não mudar a nomenclatura dos projetos encaminhados, de "obras preventivas" para "obras de recuperação", Neto resume:

— Porque não pode. A legislação não permite isso. Embora seja um só ministério, tem dois departamentos: uma consultoria jurídica e a Defesa Civil Nacional. Quem está discordando dos nossos projetos é a consultoria jurídica do ministério.

Audiência discute obras a longo prazo

O prefeito João Paulo Kleinübing (DEM) esteve em Florianópolis para tratar de obras a longo prazo e novos financiamentos para Blumenau. Projetos com o viaduto da Via Expressa e a Ponte do Badenfurt voltaram à mesa de discussões. O prefeito solicitou apoio da senadora Ideli Salvatti (PT) nas negociações em torno das obras de drenagem e recuperação da Rua 2 de Setembro e do Trevo do Sesi.

— Queremos a mediação da senadora porque apresentamos ao Ministério (da Integração Nacional) o projeto orçado em R$ 63 milhões, e o governo federal cortou pela metade — justificou.

A contraproposta do prefeito é que se mantenha os R$ 63 milhões, com 30% dos recursos financiados pelo município.

Fonte: Júlia Borba (clicRBS)

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