terça-feira, 7 de abril de 2009

Filtro de café vira etiqueta em Criciúma


A consciência ambiental leva a propostas criativas. Em Criciúma, no Sul do Estado, há um bom exemplo desse tipo de trabalho. Uma empresa tem a ajuda dos moradores para transformar filtros de papel para fazer café em etiquetas. Há cinco anos, a empresária Rosa Maria Rosso do Canto reserva 20% do catálogo da empresa para etiquetas produzidas com material reciclável.

Para ampliar a quantidade de material e dar conta dos pedidos, Rosa Maria buscou parceiros em instituições, como o Bairro da Juventude, o Instituto de Educação Especial Diomício Freitas e a Associação de Ex-presidiários e Ex-mulheres de Rua, todas de Criciúma.

Nessas instituições, o lixo – garrafas PET, jornais, filtros de café usados, sobras de bobina de fita adesiva, tecidos e câmaras de pneus – é selecionado. Os filtros são repassados para a fábrica de etiquetas. “O nosso sentimento é de gratidão. Ajudar e reciclar são os valores reais disso tudo. As pessoas falam demais nessa necessidade de preservar, mas pouco se faz”, diz Rosa Maria.

O mais interessante, considera Rosa Maria, é a mudança de mentalidade dos clientes, que já escolhem o produto alternativo. O último pedido foi de 23 mil unidades. Até 2010, a meta é produzir 10% das etiquetas com material reciclável. A produção mensal da fábrica é de 1,5 milhão de etiquetas. Dessa quantidade, apenas 6% são feitos com filtros de café.

O Instituto de Educação Especial Diomício Freitas entrega parte dos filtros para a fábrica. O restante é transformado em artesanato. A aluna Fabíola Aparecida de Carvalho, 15 anos, conta com o apoio da família para trazer material reciclável para o instituto.

É Fabíola que escova o pó do papel e o guarda esticado numa caixa. Para não cansar, reveza-se com outros colegas, como Vagner Lima, 21 anos, que atua na etapa de colagem.

A diretora Santina Manenti Ronchi afirma que a o instituto esta precisando de mais materiais para seus projetos e espera a ajuda da população. Os interessados em ajudar devem ligar para (48) 3433-8235.

Fonte: Revista Cafeicultura

4 comentários

Anônimo disse...

marcio - o homem de blumenau - achi tri legal a ideia - mas tche - eu , no meu ponto de vista de ignorante e suburbano acho que existe prioridades e a maior de todas nao é gerar renda para os miseraveis - temos que acabar com a miseria e com os miseraveis para pensar em sustentabilidade - voce deve ser da epoca do Drakar - o perfume dos fodoes - parece que usamos um bom perfume e nao tomamos banho e nem lavamos as partes intimas(bolas e bunda). a ideia é boa mas muito ingenua devido a situçao caotica que vivemos. um grande abraço e devo participar com alguns atletas da maratona ou meia maratona de blumenau ( o que aconteceu pois o ano passado nao participamos e nao saia nada a respeito? )dia 19 to em floripa com um ou dois atletas de minha equipe. um abraço e sucesso para ti e para tua blumenau.

Anônimo disse...

Uma bela notícia, Márcio, tudo que pode ser reciclado trás benefícios para a natureza e também para bolso. Aqui em casa não usamos o filtro de papel há alguns anos. Voltamos aos tempos da vovó e utilizamos o velho e bom coador de pano, mas conhecido como saco de coar café, e o gosto parece até melhor.
Abraços

Alexandre Brendim disse...

Bacana, qualquer atitude neste sentido vale a pena e deve ser estimulada!

Alexandre Domingues disse...

Reciclar, a natureza nos ensina, vamos aprender quando for tarde demais...

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