terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Bebida no estádio? Aqui não.

Aqui vai continuar assim

Liberação de bebidas alcoólicas em jogo do JEC é exceção e não se aplicará aos jogos do Metrô no Sesi

BLUMENAU - Quem vai ao estádio no Catarinense já sabe: para entrar e assistir ao jogo, só sem a companhia de uma gelada. Mas quem já se habituou ou apenas conformou-se em separar a cerveja do futebol ao comprar ingressos estranhou a notícia de que, na partida entre Joinville e Criciúma, domingo, a venda de bebidas alcoólicas rolou solta na Arena. E agora? A liberação se aplica ao torcedor do Vale também?

A resposta é não. Em primeiro lugar, a proibição faz parte do Regulamento Geral das Competições 2010 da Federação Catarinense de Futebol – o parágrafo segundo do artigo 15 determina que é vedada a venda e o consumo de álcool dentro de todos os estádios, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 18/12/2009 em acordo com o Ministério Público, a Polícia Militar e a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina.

Joinville tornou-se exceção a essa regra apenas porque a Justiça concedeu liminar à empresa Futebol Total Lanchonete, presente na Arena e que explora serviços de bar em diversos estádios do Brasil. O principal argumento é que o contrato não foi firmado com o JEC, mas com a prefeitura. É o mesmo argumento que o Brasil de Pelotas-RS usou no ano passado para vender bebidas alcoólicas no seu estádio no Gauchão e na Série C, e no qual a direção do Metrô até cogitou amparar-se para conseguir o mesmo efeito. Mas o caso do estádio do Sesi é diferente. Lá, o bar é administrado pelo próprio clube blumenauense – tinha uma parceria com a choperia Wunderbier, pela qual receberia R$ 6,5 mil mensais.

Ou seja, nos jogos do Verdão, só água, refrigerante e cerveja sem álcool, como já ocorreu na estreia contra o Juventus.

– Aqui a diferença está justamente nisso. Quem explora o bar é o Metropolitano. Lá na Arena, é um terceirizado. E para ter essa liminar, tem que entrar com ação contra a FCF, e nenhum clube pode fazer isso, senão perde a filiação – esclarece o diretor jurídico do Metropolitano, Jair Denilson Theiss.

Conforme o procurador jurídico da Federação, Rodrigo Capela, a entidade aguarda ser intimada da decisão para contestar a ação da Arena. A intimação deve partir do Poder Judiciário que concedeu a liminar, e só então a Federação poderá entrar com recurso para fazer cumprir o TAC.

– E essa proibição foi a pedido do próprio Ministério Público e da Polícia Militar, não iniciativa da FCF – completou.

Mariana Conrado, no Santa

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