segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Passeios públicos sem conservação afastam cadeirantes

A estudante universitária e cadeirante Simone Weber acredita que o poder público precisa rever a forma como são planejadas as políticas de inclusão social, já que muitos deficientes não saem de casa pois não se sentem seguros para andar nas ruas de Blumenau.

– A cadeira de rodas vira com muita facilidade. As rodas podem prender nos vãos das lajotas da calçada ou até mesmo dentro dos terminais de ônibus.

Os números apresentados pela Associação Blumenauense de Deficientes Físicos confirmam a opinião de Simone. Segundo a presidente da associação, Maria Helena Mabba, menos de 20% dos 1.840 associados usam regularmente o transporte coletivo. Na avaliação dela, a falta de adesão se deve à quantidade insuficiente de ônibus adaptados e da péssima qualidade de conservação dos passeios públicos.

– Ainda faltam muitas adaptações e a prefeitura precisa fiscalizar mais como os proprietários constroem as calçadas. Desde os temporais que destruíram a cidade no ano passado, muita coisa ainda não foi reconstruída e quem sofre são as pessoas com deficiência – considera.

De acordo com o diretor de Transportes do Seterb, Isaias Izidoro, 30% dos 258 ônibus que fazem linhas urbanas na cidade já estão adaptados, conforme determina a lei. Até 2014, toda a frota e os terminais terão de estar de acordo com as regras do Inmetro.

A lei
- Pontos de parada e terminais de ônibus precisam ser acessíveis a todos, eliminando interferências físicas que prejudiquem a locomoção
- O ônibus precisa ter piso baixo; piso alto com acesso por plataforma de embarque/desembarque; ou piso alto equipado com plataforma elevatória veicular
- O veículo deve ter 10% dos assentos disponíveis para uso de deficiêntes físicos, sendo garantido o mínimo de dois assentos

Fonte: Santa

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