sábado, 20 de dezembro de 2008

Um blumenauense no topo do tênis


O cabelo revirado e o corpo esguio lembram um dos tenistas mais famosos nos últimos tempos: Gustavo Kuerten, o Guga. É com a raquete na mão e com personalidade própria que o tenista blumenauense Bruno Matheus Volkmann, 18 anos, nos mostra que o talento vai muito além da aparência.

A paixão pelo esporte começou aos oito anos. A raquete e a bolinha são companheiras desde aquele período, quando ainda não jogava campeonatos. Bruno garante que sempre gostou do tênis de campo. “Assistia aos jogos e sentia muita vontade de começar no esporte”, recorda.

A idade não determina pouca experiência. Bruno já participou de mais de 60 competições, tornando-se, na maioria delas, campeão ou vice em nível nacional e estadual. Tempos atrás, aos 12 anos, disputou grande final no Estadual de Tênis.

Em 2008, conquistou diversos títulos estaduais e dois brasileiros. A agilidade e a destreza em quadra lhe proporcionaram a final de duplas em Porto Alegre e outra semifinal em Santos (SP). Os pontos conquistados (12) lhe garantiram a posição 1.250 do ranking mundial da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

Atualmente, Bruno faz dupla com Gustavo Kleine, de Itajaí. Para o tenista blumenauense, Guga é a grande inspiração para os atletas. “Ele é referência para todos. É espelho para quem inicia no tênis”, afirma o atleta, considerado uma das grandes revelações no tênis.

Profissionalização

Como atua em categorias por idade, sendo que a última que participou foi até 18 anos, o grande desafio de Bruno será a profissionalização a partir de 2009. Pretende disputar os torneios da série Future - competições organizadas pela Federação Internacional de Tênis (ITF). “E, quem sabe, ingressar nos classificatórios no Challenger (nível acima do Future), em 2009”, aposta.

Não será por falta de treinos que o atleta deixará de conquistar os títulos. Bruno treina em dois períodos na PSP Sports Academia de Tênis, em Gaspar. Além disso, vai ao Bela Vista Country Club para correr, nadar ou fazer academia. É assim que mantém a forma física ideal para as competições. Segundo ele, a grande dificuldade está na busca de patrocinadores para os treinos e as viagens.

Enquanto isso, prossegue com os treinos, acompanhado pelo técnico Ricardo Pimentel, que já treinou os tenistas Bruno Rosa (ex-número 1 do ranking nacional, hoje jogando nos Estados Unidos) e o mineiro André Sá, que mora em Blumenau e participa do circuito internacional da ATP. “O meu grande sonho é competir em Roland-Garros, obter vários títulos em circuitos e me profissionalizar”, admite.

Esporte teve origem nos antigos jogos egípcios, gregos e romanos

Ainda não existe consenso quanto à origem do tênis. Há correntes que apontam os antigos jogos praticados por egípcios, gregos e romanos como as matrizes do tênis. Outros que nasceu de um jogo romano chamado harpastum, adaptado no País Basco com o nome de jeu de paume, porque a bola era batida com a palma da mão contra um muro.

No século 12, o paume se espalhou pela França. O muro deu lugar a uma corda que dividia um campo retangular. Surgia o longue-paume, com até seis jogadores de cada lado. O longue-paume deu lugar ao court-paume, jogado em recinto fechado, em melhor de 11 jogos, vencendo a equipe que completasse seis jogos primeiro - daí os seis games que definem um set no tênis moderno.

Com a invenção da raquete, na Itália, no século 14, o paume fica menos violento e mais acessível. Ainda no século, chega à Inglaterra. No século 19, surge a bola de borracha e aparece o tênis ao ar livre.

Fonte: Jornal Folha de Blumenau (edição de 19/12)

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