segunda-feira, 20 de julho de 2009

Metropolitano apresenta Case ambiental inédito na área esportiva !

Na última quinta-feira (16/07/2009) o Clube Atlético Metropolitano apresentou no Café de Idéias - Créditos de Carbono promovido pela ACIB o seu projeto ambiental CARBONO ZERO, ao qual foi apresentado pelo Diretor de Responsabilidade Social do Clube Atlético Metropolitano e criador do projeto, Ronei Schultze. O evento, direcionado a empresários, acadêmicos e profissionais ligados a área ambiental e social faz parte do calendário do Núcleo de Responsabilidade Social da ACIB - Associação Empresarial de Blumenau, e contou com um bom público.

Saiba o que é o projeto

O Metropolitano vem se consolidando como o clube dos blumenauenses, manifestando uma torcida que cresce a cada ano. Sendo o Metropolitano um clube novo, de apenas 07 anos de existência, estamos formando uma nova geração de torcedores. São crianças que nasceram e que estão crescendo com o Metropolitano. Esse fenômeno desdém uma grande responsabilidade por parte do Clube Atlético Metropolitano que é o de utilizar essa paixão chamada futebol para educar, conscientizar e sensibilizar esta nova geração de torcedores para a construção de uma torcida formadora de um time vencedor em cidadania e em educação ambiental.

O projeto Carbono Zero foi desenvolvido em pelo Clube Atlético Metropolitano em parceria com a FURB e a Fator Contabilidade a partir de uma percepção de intervenção ambiental sobre o impacto ao qual a realização de espetáculos esportivos (jogos de futebol) promovidos pelo Clube Atlético Metropolitano promove ao meio ambiente.

O impacto destes espetáculos esportivos se constitui a partir do deslocamento em massa dos torcedores ao estádio, que em mais de 90% é efetuado a partir de veículos automotores, que por sua vez, utilizam combustíveis fósseis para seu funcionamento. A queima destes combustíveis fósseis emite a atmosfera uma quantidade significativa de CO2 (Dióxido de Carbono), um dos gazes responsáveis pelo efeito estufa. Então, quanto maior o público presente aos jogos do Metropolitano, maior o impacto ambiental que é promovido ao meio ambiente.

Dentro desta proposta, o Clube Atlético Metropolitano traçou sua proposta de neutralizar todas as suas emissões de CO2 realizadas em seus jogos. Para isso, o projeto Carbono Zero foi articulado com os seguintes objetivos:

Recuperação de áreas degradadas: Através do Reflorestamento da floresta atlântica, utilizando-se sempre de árvores cujas espécies pertençam ao bioma local. Para isso serão utilizadas plantas geneticamente monitoradas (necessário para verificarmos a capacidade de absorção de CO2). Procurar-se-á utilizar o máximo possível de espécies frutíferas, ao qual, dentro de um processo sustentável, as frutas geradas (orgânicas e de alto valor de mercado) serão comercializadas dentro de um processo de comercio solidário, gerando renda para famílias carentes de Blumenau.
Contribuir para a redução de Dióxido de Carbono (CO2) da atmosfera: O processo de sequestro de CO2 se realizada pelo processo de reflorestamento, uma vez que as árvores “seqüestram” o CO2 da atmosfera através do processo da fotossíntese e o armazena em seu interior. Outra forma de reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera é encontrar meios alternativos para diminuir a sua emissão como, por exemplo, incentivar as pessoas a utilizarem meios de transporte menos poluentes ao se locomoverem ao estádio como, por exemplo, a bicicleta.
Contribuir para a amenização dos efeitos do aquecimento global: Sendo o aquecimento global ocasionada por diversos fatores, entre eles a grande quantidade de CO2 na atmosfera, atingindo os dois primeiros objetivos citados, consegue-se também contribuir para a amenização dos efeitos do aquecimento global.
Fortalecer a Responsabilidade Social e Ambiental do Clube Atlético Metropolitano: Paralelamente ao processo de seqüestro de Carbono, o Clube Atlético Metropolitano atuará no campo da Educação Ambiental.

Para a operacionalização do projeto, o Clube Atlético Metropolitano conta com a parceria com a FURB, ao qual desenvolve a Metodologia do projeto ao qual será apresentada junto ao MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Ministério da Ciência e Tecnologia e com a Fator Contabilidade que foi a incubadora deste projeto ao qual desenvolveu uma metodologia preliminar que estimou os custos do projeto. Sabemos que é necessário o seqüestro de 1 tonelada de CO2 para a geração de 1 Crédito de Carbono. Cada geração de Crédito de Carbono estima-se serem necessárias no mínimo 05 árvores (este número varia de acordo com a espécie e o tamanho da planta). Portanto, estimamos um investimento de R$ 97,50 por ano para cada conjunto de 05 árvores e mais R$ 12,00 ao ano (para cada conjunto de 05 árvores) de investimentos na manutenção das áreas recuperadas. Estimando a geração do primeiro crédito de Carbono a partir do 6º ano do projeto. Até lá, estimamos que para a geração deste primeiro crédito de carbono, somados os custos diretos e indiretos, tenhamos tido um investimento total de R$ 337,50 para cada conjunto de 05 árvores plantadas, ou seja, R$ 337,50 para seqüestrar 01 tonelada de CO2 da atmosfera e gerar 1 crédito de carbono. Se considerarmos a atual cotação do Crédito de Carbono, podemos dizer que em um prazo de 12 anos, estaremos recuperando todos os investimentos feitos no projeto e, a partir daí, contabilizaremos os primeiros lucros.

Para a geração de receitas o Clube Atlético Metropolitano, através do Instituto Metropolitano, destina R$ 0,50 centavos de cada ingresso vendido em seus jogos pára o projeto. Além disso, temos outra fonte de captação de recursos chamada Metropolitano Clube – Programa de Pontos/Benefícios. Com a implantação do projeto no Campeonato Brasileiro da Série C em julho/2008, somados a Copa Santa Catarina de 2008 e o campeonato catarinense de 2009, o projeto já arrecadou a quantia de mais de R$ 13 mil.

É importante ressaltar que, o projeto carbono zero do Clube Atlético Metropolitano tem o objetivo de neutralizar as emissões de CO2 emitidas durante a realização de seus jogos e que a Certificação dos Créditos de Carbono é um objetivo paralelo a este, mas não o principal. Se obtivermos êxito neste processo, então conseguiremos “tirar dois coelhos de uma cartola só”.

O projeto agora entra na sua segunda fase onde será efetuado o primeiro reflorestamento, estimando o plantio de cerca de 2 mil mudas de árvores. A previsão desta etapa esta programada para a segunda quinzena de agosto ou a primeira quinzena de setembro.

Fonte: Clube Atlético Metropolitano

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