Blumenau: Indústrias dão sinais de recuperação

Sinais de recuperação já são percebidos no horizonte da indústria de Blumenau. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, a indústria de Blumenau encerrou julho com saldo positivo de 88 empregos gerados, superando a média dos três meses anteriores, que sempre se mantiveram com saldo médio de 100 empregos perdidos.

Apesar de os dados de agosto ainda não terem sido divulgados, os empresários garantem que o ritmo do setor já foi retomado. No total, a indústria blumenauense mantém saldo de 297 empregos criados neste ano pelo setor.

Os 88 postos a mais gerados em julho também é 183% superior ao registrado em 2008, quando o mês fechou com saldo de 31. O ritmo das indústrias de Blumenau foi retomado acompanhando o crescimento das exportações no período. Em julho, as indústrias negociaram US$ 41.168.619 (aproximadamente R$ 75 milhões) com o Exterior, fechando 11% acima da média registrada entre abril e junho, que era de pouco mais de US$ 37 milhões (R$ 67,3 milhões).

Sempre otimista, o presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Ronaldo Baumgarten Jr., analisa os números como aquecimento normal da economia após o período de recessão. “O aumento do mercado estoura na geração de empregos. E a crise pode se considerar encerrada quando a curva do gráfico de desemprego começa a subir”, avalia. Na opinião dele, os dados indicam a estimulação da economia da cidade para o segundo semestre.

O panorama da indústria de Blumenau acompanha o ritmo registrado pelo setor no País. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (9), o nível de emprego na indústria nacional aumentou 0,4% em julho, ante junho. Foi a primeira taxa positiva após nove meses de perdas. No entanto, quando se compara a julho do ano passado, o indicador registra queda de 7%, a retração mais acentuada desde 2001, o oposto do horizonte otimista de Blumenau.

Indústria do metal

Para a indústria de metal-mecânico - o setor mais prejudicado com a crise - o saldo negativo de apenas um posto de trabalho é o melhor resultado desde setembro, quando fechou positivamente em cinco empregos criados. De outubro a junho, o setor oscilou com saldo médio negativo de 68 vagas com carteira assinada.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau (Simmmeb), Hans Berthe, as empresas do setor optaram pela modernização do maquinário e começaram a almejar outros mercados de exportação para fugir da crise. “O metal é um dos setores em que a mão de obra custa mais caro, porque necessita de estrutura moderna. As empresas investiram, buscaram outros mercados e agora começam a colher os frutos com novos empregos”, explica.

Fonte: Folha de Blumenau