sexta-feira, 18 de junho de 2010

Projeto do Complexo da Ponte do Badenfurt avança e Prefeitura já prevê lançamento de edital para execução da obra

O projeto que contempla todas as obras do Complexo da Ponte do Badenfurt avança mais uma etapa neste primeiro semestre do ano. Após a realização de uma série de estudos técnicos sobre as estruturas que ligam a BR-470 com o bairro Salto Weissbach, a Prefeitura de Blumenau prevê, para o próximo mês de julho, o lançamento do edital que determina a execução da obra.

Projeto abrangente

A ponte do Badenfurt é uma antiga reivindicação da comunidade. O Complexo, porém, é uma ligação viária entre a rua Bahia e a BR-470 composta por um viaduto, duas pontes, uma via expressa, vias marginais, alças de acesso, ciclovias e passeios. As estruturas facilitarão o acesso entre os bairros Salto Weissbach e Badenfurt, transpondo o rio Itajaí-Açu e o rio do Testo.

A ligação também será um passo importante para a formação do chamado anel viário periférico de Blumenau, previsto no projeto Blumenau 2050. O objetivo desse anel é retirar parte do fluxo de veículos da área central e redistribuí-lo para as regiões periféricas do município. O sistema de anéis que interliga os bairros é uma solução viária apontada desde a década de 1970 e que agora recebe mais uma obra de grande porte para que seja concretizada.

O conjunto de obras do Complexo representa um investimento de aproximadamente R$ 32 milhões provenientes de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Descrição do trajeto

A ligação inicia no 1) entroncamento da rua General Osório com a rua Bahia, por meio de uma via expressa e uma marginal na rua Henrique Weise, 2) segue com uma ponte sobre o rio Itajaí-Açu de 362 metros (popularmente conhecida como Ponte do Badenfurt), 3) prossegue com um viaduto sobre sua Arnold Hemmer (com alças de acesso), 4) continua com uma ponte de 80 metros sobre rio do Testo e 5) chega à BR-470.

Histórico do projeto


Há mais de 30 anos, estuda-se a possibilidade de se fazer mais uma travessia no rio Itajaí por meio de uma ponte para aliviar o tráfego de entrada e saída de veículos de Blumenau.

a) Primeira fase
Desde julho de 2007, a empresa Sotepa presta serviços à Prefeitura de Blumenau na realização de estudos técnicos e na elaboração de um projeto prévio – chamado de projeto base - da obra. Na primeira fase de trabalho, realizou-se a tomada de decisão quanto ao melhor traçado da ponte. Dos cinco trajetos cogitados, um foi definido como a opção mais viável e de menor impacto. Entre os fatores levados em conta na decisão está o fato de a região afetada não configurar área de interesse científico ou histórico ou de manifestações culturais da comunidade. A região abrangida também não se destinava ao turismo ou a atividades de lazer por conta de características naturais.

A elaboração de estudos de impacto de vizinhança e de impacto ambiental também foi realizado na seqüência. Durante o desenvolvimento dos estudos, realizou-se uma oficina temática com as comunidades locais para fornecer esclarecimentos sobre o projeto inicial, conhecer as aspirações da comunidade em relação à obra e definir, junto com os moradores e proprietários da região, as diretrizes para auxiliar na proteção ambiental do meio.

Após as definições iniciais, a elaboração de um projeto base e a obtenção da licença ambiental prévia (LAP), o município de Blumenau solicitou financiamento junto ao BNDES para execução da obra. A liberação de recursos foi concedida em 31 de dezembro de 2009.

b) Segunda fase
A partir de março de 2010, deu-se início à segunda etapa do processo com contratação da Sotepa para a elaboração do projeto executivo propriamente dito. Desde então, são realizados constantes estudos:
ambientais complementares;
de tráfego;
topográfico;
geológico;
hidrológico;
geotécnico.

O último relatório técnico (9 de junho de 2010) apontou medidas ambientais importantes e agora o projeto segue para detalhamento final.

Definidas medidas ambientais
A fim de neutralizar todos os impactos ambientais inevitáveis da obra, as seguintes medidas foram definidas:

A vegetação nativa que será afetada pela construção da ponte é de aproximadamente 2,5 hectares. Para compensar o impacto, será realizada a preservação de outra área, já existente no município, com o dobro do tamanho e com as mesmas características da área afetada;
Será preservada e averbada em escritura pública o dobro de área exigida por lei como Área Verde.
O volume de madeira que será extraído do local será compensado com a compra de crédito florestal;
Cada exemplar de palmiteiro extraído da região será compensado com o plantio de 10 exemplares em três unidades de conservação do município - Parque Municipal Broomberg, Área Relevante de Interesse Ecológico do Salto e Área de Preservação Ambiental das ilhas fluviais);
Ponte sobre rio Itajaí foi elevada em 12 metros em relação ao projeto inicial. O objetivo é permitir a permanência de um bosque na parte inferior da obra, onde está localizada uma ilha, com vegetação nativa de Mata Atlântica;
Leve curvatura no traçado da ponte no ponto em que mesma passa sobre uma ilha no rio Itajaí-Açu. Com a alteração, a ponte precisará de apenas dois pilares nesse ponto, e não três, o que permitirá livre passagem de animais sob o local. O impacto sobre a vegetação da ilha também será minimizado***
A legislação ambiental exige que 0,5% do valor da obra seja destinado para projetos ambientais. O valor será usado no município através do Fundo Municipal de Bens Lesados, gerenciado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, para plano de manejo em três unidades de conservação.

*** Foram apresentadas no início do projeto executivo três alternativas técnicas e locacionais para a ponte. A versão com leve curvatura no traçado sobre a ilha fluvial foi escolhida para que ocorresse o menor impacto possível sobre o local.

Assessoria de Comunicação: Natacha Amaral

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