Promotora questiona capacidade financeira da TKR Vitorian para assumir a massa falida da empresa
BLUMENAU - Um mês depois de terem requisitado na Justiça a convocação de nova Assembleia Geral de Credores para decidir o futuro da Sulfabril, a empresa TKR Vitorian e o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau (Sintrafite), tiveram o pedido negado pelo Ministério Público. Na prática, a decisão impede que a TKR concretize a compra da empresa blumenauense.
A promotora de Justiça Monika Pabst, que desde 2001 acompanha o processo de falência da Sulfabril, manifestou-se contrária à convocação. O motivo do indeferimento continua sendo o mesmo de dezembro do ano passado, quando a empresa interessada em levantar a falência da Sulfabril, TKR Vitorian, solicitou pela primeira vez a Assembleia de Credores à Justiça.
– A TKR Vitorian ainda não comprovou ter capacidade financeira para assumir a massa falida (Sulfabril). Em março, pedi novos documentos e a empresa não apresentou. Persistem dúvidas quanto ao capital do grupo interessado – afirma Monika, que desde dezembro do ano passado, emitiu cinco pareceres sobre a negociação da solvência da Sulfabril.
A promotora, em parecer, questiona principalmente a integralização de um capital de R$ 4,76 milhões em favor de um dos sócios da TKR Vitorian, Luiz Alberto Basseto. O valor está baseado em cessão de crédito supostamente efetuado em processo movido pela empresa Inpacel Ind. de Papel Arapoti S.A contra a Eletrobrás, em razão de empréstimo compulsório. A ação ainda está tramitando na Justiça Federal de Pronta Grossa (PR).
– A TKR Vitorian tem expectativa de direito. A ação ainda não transitou em julgado. E isso pode demorar 10 anos. A Sulfabril precisa de dinheiro hoje – defende.
Monika solicitou, em parecer, à TKR Vitorian cópia da cessão de crédito efetuada, recibo do pagamento de R$ 4,76 milhões emitido em favor de Basseto, balanço patrimonial e demonstrações financeiras da sociedade TKR Vitorian, e comprovação da atual composição acionária da empresa.
A presidente do Sintrafite, Vivian Bertoldi, e o síndico da massa falida, Celso Zipf, também aguardam a comprovação da capacidade financeira.
– Nós queremos solucionar a dívida trabalhista, mas que essa solução seja concreta – diz Vivian.
O diretor da TKR Vitorian, Nelson Rodrigues, disse desconhecer o conteúdo do parecer, mas se reuniria com os sócios ainda esta semana. O procurador de Basseto e sócio da TKR Vitorian, Ari Rodrigues, foi procurado pelo Santa ontem, mas não foi encontrado. O parecer do Ministério Público ainda será analisado pelo juiz do caso.
Em 28 de março, os trabalhadores da Sulfabril aceitaram proposta da TKR Vitorian para quitar os R$ 23 milhões em dívidas trabalhistas.
Fonte: Julia Borba, no Jornal de Santa Catarina
quarta-feira, 1 de julho de 2009
MP nega pedido para assembleia da Sulfabril
Postado por
Márcio Volkmann
às
08:54
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