Abrigos públicos terão psicólogos

Profissionais de Assistência Social, Nutrição e Pedagogia também atenderão quem ainda não tem casa

As famílias atingidas pelo desastre de novembro terão atendimento de profissionais especializados. Contratada pelo governo do Estado, uma empresa está recrutando 108 profissionais entre assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e nutricionistas para atuar em abrigos de Blumenau, Ilhota, Gaspar, Luís Alves, Pomerode e Brusque. Os profissionais devem começar hoje o trabalho nos abrigos.

– Os abrigos são, por natureza, espaços de conflitos porque temos ali pessoas com diferenças de origens e de hábitos culturais. Há necessidade de novas aprendizagens de convívio – entende a secretária de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Dalva Dias.

Para ela, o voluntariado foi útil e necessário no início, mas agora há necessidade de uma equipe multidisciplinar para prestar assistência psicossocial considerando a vulnerabilidade social, econômica e emocional dos desabrigados. A perspectiva principal é o reatamento das relações familiares, fragilizadas pela tragédia.

Os profissionais devem residir preferencialmente nas cidades atingidas ou nas proximidades. A carga horária a ser cumprida é de 40 horas semanais e a remuneração varia entre R$ 1.827 e R$ 2.377 com registro em carteira de trabalho. O contrato será de seis meses. Uma das exigências é que o candidato seja registrado nos conselhos regionais da profissão.

Os contratados serão funcionários da Back RH, que está a serviço da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação de Santa Catarina.

– São famílias desestruturadas emocionalmente. Os profissionais vão atuar em conjunto: corpo, mente e espírito, no sentido de amparar os desabrigados – explica o gerente de negócio da Back RH, Júlio Ribeiro.

Ele complementa que o trabalho será voltado para ações em grupo. A intenção é atuar no coletivo e não prestar atendimento clínico individual.

Repórter: Magali Moser, para o Jornal de Santa Catarina