terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Calçadão da praia de Gravatá

Futuro incerto para as obras do calçadão

Prefeitura estuda demolir a parte já construída e fazer um novo projeto para o orla de Gravatá

As obras do calçadão da Praia de Gravatá podem voltar à estaca zero. A Caixa Econômica Federal aguarda, desde novembro passado, que a prefeitura de Navegantes adeque o projeto às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Em vez disso, o novo prefeito do município, Roberto Carlos de Souza (PSDB), admite que pode colocar abaixo a estrutura embargada desde junho de 2008.

Os pilares de proteção lateral do calçadão têm 51 centímetros, mas a Caixa pede que a altura seja de 1,11 metro, para garantir segurança a quem usufruir do local.

Em junho de 2007, o Ibama embargou a obra e pediu que a prefeitura mudasse o projeto. No mês seguinte, foi a vez da Caixa entrar em contato com a administração de Navegantes, pedindo agilidade no projeto. Um último comunicado informando que as mudanças não estavam de acordo com as exigências da Caixa foi enviado a Navegantes em novembro e, até hoje, houve respostas.

– A Caixa não modifica projeto. A responsabilidade é da prefeitura. O corpo técnico da Caixa avaliou e desaprovou a altura de 51 centímetros. Queremos garantir um calçadão seguro para quem frequentá-lo – explicou o superintendente Regional da Caixa, Jacemar Bittencourt de Souza.

Ontem, prefeitura e Caixa se reuniram para traçar o futuro da obra, orçada em R$ 1,4 milhão. O maior problema enfrentado é a mudança na administração do município. Irritado com a demora na liberação da obra, o prefeito Roberto Carlos de Souza foi taxativo:

– O projeto foi mal feito. Agora, prefiro gastar um pouco mais para construir algo bonito e que agrade a população e os veranistas. Vamos demolir tudo se for necessário.

O secretário de Obras da gestão anterior, José Roberto Vieira, disse que as modificações deveriam ter sido enviadas à Caixa em dezembro para que a construção pudesse ser retomada no mesmo mês. No entanto, ele não explicou por que a documentação não foi entregue.

Hoje, a Caixa deve avaliar novamente o projeto e decidir se irá liberar mais uma parte da verba.

Repórter: Raffael do Prado (Jornal de Santa Catarina)

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