sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Maconha na Despensa do Presídio

Agente prisional descobre 4,5 kg de maconha na despensa do Presídio de Blumenau

Polícia iniciou investigação depois de ter acesso a mensagem de telefone celular de suspeito

Um agentes prisional localizou 4,5 quilos de maconha escondidos na despensa do Presídio Regional de Blumenau, no Vale do Itajaí, nessa quinta-feira. A polícia avisou a direção do presídio depois de ter acesso a uma mensagem de celular enviada ao telefone de um suspeito, abordado em Indaial, cidade vizinha.

Segundo o delegado Henrique Stodieck Neto, a droga estava no sótão da despensa do presídio, que fica próxima à cozinha, na área administrativa da unidade prisional. Foi instaurado inquérito para apurar a procedência e o destino da droga.

Os indícios da existência do entorpecente foram descobertos ainda na quarta-feira, quando dois homens que trafegavam numa motocicleta foram abordados pela Polícia Militar de Indaial, no bairro Carijós.

Eles foram parados por que teriam jogado fora um embrulho quando viram os policiais se aproximarem. Enquanto os agentes checavam os documentos do veículo, o aparelho celular de um suspeito sinalizou a chegada de uma mensagem.

Diálogo revelaria suposta fuga por túnel

O conteúdo foi interpretado pelos policiais como um diálogo que revelaria uma fuga do presídio através de um túnel. Parte do torpedo, transcrita no boletim de ocorrência da Polícia Militar de Indaial, dizia: "Nóis ir embora depende do core, vão me deixar na máxima...10 dias firmeza, só depende disso. 3 metros pra ir embora, tá faci..." .

As administrações dos presídios de Indaial e de Blumenau foram avisadas do conteúdo da mensagem. A notícia motivou uma vistoria dentro das duas unidades. Apesar de nenhum túnel ter sido localizado, em Blumenau, a polícia encontrou a maconha.

Não foi identificado quem colocou a droga na despensa e como o entorpecente entrou no presídio. O delegado Stodieck tomou o depoimento do agente prisional que localizou a droga ainda na quinta.

Nos próximos dias, também ouvirá o chefe de segurança do presídio. Segundo o delegado, têm acesso à despensa todos os funcionários da unidade prisional, mais 13 presos com regalias que trabalham no local e outros que levam alimentos da sala para as galerias.

Deap também investiga o caso

O Departamento de Administração Prisional de Santa Catarina (Deap) também investiga o caso. O diretor-geral do Deap, Hudson Queiroz, disse que acionou o Departamento de Inteligência do órgão e abriu sindicância para apurar se algum agente público está envolvido com a entrada da droga no presídio.

A diretoria do presídio não foi localizada para comentar o incidente.

Fonte: Clicrbs - JORNAL DE SANTA CATARINA

seja o primeiro a comentar!

Postar um comentário