quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sem casa, de novo.

A história se repete: sem poder usar o Sesi, Metrô procura estádio para jogar pelo menos duas partidas do Catarinão

O torcedor do Metropolitano, mais uma vez, terá de sair de Blumenau se quiser acompanhar a equipe. A afirmação era uma probabilidade muito grande até ontem. Hoje, deve ser oficializada e se tornar uma certeza logo após a vistoria do Sesi, marcada para 9h. O alento é que, ao contrário do ano passado, quando jogou todo o Catarinão longe (em Brusque e Timbó), apenas duas partidas devem ser transferidas para outro estádio. A expectativa é voltar ao Sesi em fevereiro.

A diretoria do Metrô até cogitava a possibilidade, mas acreditava que o gramado do estádio, castigado pela tragédia de novembro, fosse recuperado até 18 de janeiro, data da abertura do Estadual. Ontem, um telefonema do gerente regional do Sesi, Hermes Tomedi, acabou com a esperança. Segundo ele, os 10 dias que faltam para o início da disputa não serão suficientes para recuperar o local.

– Infelizmente o gramado não tem condições de jogo. A drenagem está pronta, mas há muitas ondulações. Não temos como prever quando estará bom, mas não estará recuperado até o dia 18 – afirmou Tomedi.

Conforme o presidente do Metropolitano, Edson Pedro da Silva, a liberação deve ocorrer somente para a terceira partida do Metropolitano em casa, ou seja, contra o Figueirense, dia 1º de fevereiro. Assim, a estreia, contra o Marcílio Dias, e o jogo diante do Criciúma, na terceira rodada, terão de ser fora da cidade.

– Não temos alternativa em Blumenau. Ou é o Sesi ou o Sesi. É uma pena, porque o desejo do Metrô sempre foi jogar aqui, até para ajudar a aumentar a autoestima dos blumenauenses.

Alternativa é voltar a Brusque ou Timbó

A direção verde deve buscar alternativas a partir de hoje, assim que sair o resultado da vistoria, que envolve Federação Catarinense de Futebol (FCF), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e unidades sanitárias. Apesar do estádio estar em condições para sediar as partidas, o gramado oferece risco.

– É muito perigoso jogar neste campo porque está muito irregular. O risco de lesão é grande – considerou Hermes Tomedi.

Além disso, a grama teve de ser retirada em vários pontos de depressão do solo. Uma empresa foi contratada para recuperá-la – mas, segundo Tomedi, não há previsão para a conclusão do serviço.

O vice-presidente do Verdão, Jaime de Andrade, fará contatos com a direção do Brusque e a prefeitura de Timbó para viabilizar a utilização do Estádio Augusto Bauer ou do Complexo Esportivo, respectivamente. A terceira alternativa seria o estádio do Juventus, de Jaraguá do Sul.

O Metrô também buscou brechas no calendário, para fazer jogos isolados, e pensou em reverter mandos de campo, mas as alternativas estão praticamente descartadas pelos dirigentes.

Repórter:Paola Loewe, Jornal de Santa Catarina

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