Em situação desesperadora no Estadual, Metropolitano apara arestas na diretoria e agora fala em fazer o mesmo no elenco
BLUMENAU - O turno chegou ao fim e com ele veio o balanço da péssima campanha do Metropolitano no Campeonato Catarinense: o time terminou na lanterna, sem vencer uma, em nove partidas. A falta de união, dentro e fora das quatro linhas, foi um dos problemas detectados e começou a ser resolvido ontem mesmo: Sandro Glatz, ex-diretor de futebol, está de volta ao clube, agora como membro do colegiado responsável pelas contratações. O próximo passo é resolver as diferenças dentro do grupo de jogadores.
– Temos de pensar no Metropolitano acima de tudo. Ele é muito maior do que qualquer divergência – disse o presidente, Edson Pedro da Silva.
O retorno de Glatz havia sido cogitado anteriormente, mas havia uma parcela dentro da direção que não concordava com isso. Resolvida a questão, a meta é fazer o mesmo no grupo, que também estaria rachado.
– A união está restabelecida. Agora, podemos cobrar o mesmo do grupo. Antes, ficava difícil pedir isso dos jogadores se eles viam que nem a diretoria estava unida – afirmou Glatz.
Ao lado dos outros membros do colegiado (Afonso Zimmermann, Sérgio Olinger e Joni Zutter) e de Viton, agora gerente de futebol, ele trabalha no processo de reformulação do elenco. O atacante Anderson foi o primeiro a sair e ontem mesmo foi anunciado como reforço do Caxias (RS). O problema maior está no orçamento. Como as multas rescisórias são caras, o Verdão não tem condições nem mesmo de dispensar. Quem não estiver nos planos, deve ser afastado e ficar treinando separadamente.
– Alguns estão descomprometidos e deveriam pedir para ir embora – avaliou Glatz.
Em alguns casos, a diretoria vai conversar com o atleta para tentar chegar a um acordo, o que aconteceu nas saídas de Willian, Reinaldo Peres e Anderson. Jogadores que têm o espírito desejado, mas não estão correspondendo pela qualidade, também estão na lista. Enquanto isso, a busca por reforços continua.
Objetivo passa a ser a fuga do rebaixamento
Há quem ainda sonhe com o título do returno e a presença no quadrangular, mas o Metropolitano recomeça o Catarinense com o objetivo de fugir do rebaixamento. Na lanterna e com apenas quatro pontos, ao lado do Atlético Tubarão, o time tem seis a menos que o Marcílio Dias, o primeiro fora da zona de degola. E é justamente contra o Marinheiro a estreia no returno, sábado, no Estádio Hercílio Luz.
– Não podemos deixar nosso projeto naufragar. Esse jogo será primordial para nós. Se perdermos, estaremos 90% rebaixados – avaliou Sandro Glatz.
Ele afirma que o mais importante, no momento, é não cair. No entanto, o presidente Edson Pedro da Silva ainda aposta em uma arrancada extraordinária e fala até mesmo em título do returno e classificação para o quadrangular final. Para isso, ele considera fundamental uma nova postura.
– Não podemos pensar pequeno e entrar em campo como um time de Segunda Divisão. Não somos perdedores – disse.
Fonte: Paola Loewe, Jornal de Santa Catarina
Opiniões
“Não podemos deixar nosso projeto naufragar”
Sandro Glatz, que está de volta à diretoria do Verdão
“Temos de pensar no Metropolitano acima de tudo. Ele é muito maior do que qualquer divergência”
Edson Pedro da Silva, presidente do Metrô, que ainda acredita em uma reação do time no returno
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Metropolitano - Unir para não cair
Postado por
Márcio Volkmann
às
08:52
Marcadores: futebol, metropolitano
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