quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Transporte amanhece em greve

Paralisação, que desrespeita decisão judicial por não manter parte da frota em circulação, se estende hoje até o meio-dia.

BLUMENAU - A greve do transporte coletivo deve se estender pelo menos até hoje ao meio-dia. Durante a manhã, Seterb, representantes do Consórcio Siga e do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Coletivo (Sindetranscol), intermediados pelo Ministério Público do Trabalho, retomam as negociações, com o objetivo de por fim ao impasse que gira em torno do reajuste salarial da categoria.

Ao parar toda a frota de ônibus ontem, trabalhadores do transporte coletivo descumpriram determinação judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O documento prevê a manutenção de parte da frota nas ruas mesmo durante paralisações da categoria. Desde as 4h, todos os 228 ônibus da frota blumenauense foram mantidos nos pátios das empresas Glória, Rodovel e Verde Vale, que formam o Consórcio Siga.

Segundo a juíza Marta Villalba Falcão Fabre, autora do documento, os trabalhadores deveriam garantir 70% da frota nos horários de pico, entre 5h30min e 9h e 17h30min e 20h30min, por linha de transporte, e 30% nos demais horários de circulação.

O anúncio de que o valor da passagem irá subir na próxima semana de R$ 2,05 para R$ 2,30 e a alegada falta de diálogo entre empresas e trabalhadores foram os motivos que levaram motoristas e cobradores à greve, de acordo com o presidente do Sindicato do Trabalhadores nas Empresas de Transporte Coletivo (Sindetranscol), Ari Germer.

– O trabalhador está revoltado. Ele sente-se usado pelo Poder Público e pelo Consórcio Siga para justificar o aumento na passagem. Esse reajuste é absurdo – argumenta.

Germer garante que os trabalhadores estão conscientes da determinação judicial que determina a manutenção de 70% do serviço em horário de pico, no entanto, alega que seria impossível atender os usuários com a frota reduzida.

– O mandado foi bem claro: usuários não devem ser prejudicados em consequência do movimento. Não temos como oferecer mais do que já foi proposto à classe – afirma o diretor de Comunicação do Consórcio Siga, Humberto Jorge Sackl.

Fonte: Andrea Artigas e Rafael Waltrick (Jornal de Santa Catarina)

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