quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Vila Germânica - Lojas têm 10 dias para sair

Sem acordo com comerciantes, prefeitura avalia até ação judicial para desocupar estabelecimentos

BLUMENAU - Os proprietários das lojas do Parque Vila Germânica têm até o final do mês para fechar as portas. O último prazo para a desocupação dos imóveis foi definido ontem em uma reunião entre o presidente da Vila Germânica, Norberto Mette, e a Procuradoria Geral do Município.

De acordo com Mette, caso os proprietários insistam em permanecer no local, a prefeitura entrará com uma ordem judicial de despejo. Os contratos de permissão de uso da área estão vencidos desde 30 de junho do ano passado. Uma nova licitação foi aberta, mas nenhum lojista apresentou proposta. Os contratos foram prorrogados por seis meses, tempo de duração da construção do Empório Vila Germânica. Segundo Mette, os proprietários reclamaram que as obras prejudicaram o faturamento das lojas, por isso, precisavam de mais tempo para se recuperar. Passada a data final, dia 30 de dezembro, o prazo foi estendido novamente por mais um mês até os lojistas serem notificados a desocupar imediatamente os imóveis.

– Com a movimentação turística no parque, permitimos que ficassem até janeiro. Agora não tem mais jeito. Se eles não saírem, corremos o risco de sermos cobrados pelo Ministério Público por omissão – afirma o presidente da Vila Germânica.

O proprietário da Germânica Haus, Jorge Becker, afirma que os lojistas procurarão meios legais para que uma nova licitação seja aberta. Segundo ele, os comerciantes não participaram do processo aberto em junho por considerarem abusivos os reajustes no aluguel. O novo contrato estabelecia R$ 4 mil mensais por uma sala de dois pisos com 250 metros quadrados. Há cinco anos, Becker paga R$ 1,7 mil pelo mesmo espaço, enquanto outros espaços são alugados por R$ 3 mil.

– O aluguel mais o condomínio e R$ 60 mil divididos em quatro anos, como previa a licitação, dava quase R$ 6 mil por mês, o que é inviável – calcula Becker.

Os lojistas também se opuseram à exigência da prefeitura de variar os produtos oferecidos nos imóveis. Em lugar de artigos típicos e lembranças da Oktoberfest, a licitação previa uma farmácia, comércio de embutidos, papelaria e CDs.

Fonte: Caroline Passos, para o Jornal de Santa Catarina

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