quarta-feira, 25 de março de 2009

70 anos de dedicação: Waldemar Felski

Há exatos 70 anos, Waldemar Felski dedica-se à profissão de farmacêutico para garantir a saúde das pessoas que o cercam

BLUMENAU - Pontualmente 15 minutos antes das 6h, Waldemar pula da cama. Toma pelo menos três copos de água por dia. À noite, não se permite abusar da comida. Janta arroz e dois limões. Também se preocupa com a saúde mental, por isso o passatempo preferido é a leitura. Foi com esta fórmula, repetida diariamente há décadas, que Waldemar Felski chegou aos 81 anos com disposição para o trabalho diário. É um dos farmacêuticos em atividade mais antigos do Estado: ostenta o registro 76 do Conselho Regional de Farmácia. Hoje, completa 70 anos de dedicação à carreira, 57 deles na Rua João Pessoa, na Velha, onde tem uma farmácia.

Os clientes são antigos e recebem atendimento pelo nome. Quem pede comprimido para dor de cabeça, por exemplo, é orientado a descobrir a causa da dor para eliminar o problema de vez. Waldemar é do tempo que farmacêutico tinha status semelhante ao de médico.

– Antes se fazia de tudo em uma farmácia. Cortava furúnculo, extraía unha. Hoje, não dá para colocar nem Band-Aid – observa.

O primeiro emprego, como ajudante de limpeza e atendimento, foi aos 11 anos de idade, na Farmácia Glória, na Rua XV de Novembro. O patrão, um alemão chamado Max Fritz Haufe, falecido em 1978, é considerado mestre para toda a vida. Da farmácia de Haufe, Waldemar saiu para tocar o próprio negócio, no início dos anos 50. Alugou uma sala no prédio dos pais daquela que depois iria se tornar a Miss Brasil mais popular de Santa Catarina: Vera Fischer. – Vi ela crescer, pena que depois deu muito desgosto aos pais – recorda Waldemar.

Farmacêutico pesquisa bulas para orientar clientes

Para manter a farmácia aberta, teve de se adaptar às novas exigências dos consumidores. Hoje, por exemplo, também vende recarga de celular. Desde que os remédios deixaram de ser manipulados na farmácia, ocupa o tempo analisando bulas. A busca é para oferecer aos clientes medicamentos de fórmulas mais completas pelo menor preço.

– Comercialmente as farmácias são um pepino. A gente sobrevive, mas quando comecei as pessoas não tinham remédio de graça. Uma cartela de Melhoral custava o mesmo que um quilo de carne – conta.

Com a esposa, que vive há 62 anos, teve dois filhos. Tem mais três de outro relacionamento. Um deles também se formou em Farmácia, mas nenhum quis tocar o negócio. Também por essa razão, a aposentadoria não está em seus planos, pelo menos nos próximos 29 anos:

– Quando eu completar 100 anos de trabalho, daí me aposento.

Repórter Daiane Costa, no Jornal de Santa Catarina

Nota do Blog: Desde minha infância, a farmácia do "seu felsky" sempre era a primeira opção para qualquer coisa que se relacionasse à saúde. E quase sempre, resolvia a parada. O Bairro da Velha em especial, deve muito ao Sr. Felsky. E hoje, precisa render todas às homenagens aos 70 anos de pura dedicação ao que faz. Nossos sinceros parabéns.

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