sábado, 7 de fevereiro de 2009

Incrível: Um resgate de cinema


Na foto, Alex ao lado do bombeiro que o salvou.

Rapaz que ficou por 17 minutos sem respirar dentro do Rio Uruguai, em Chapecó, voltou para casa ontem

Foram aproximadamente 17 minutos sem respirar, de acordo com cálculos do Corpo de Bombeiros de Chapecó. Mas, para surpresa de todos, Alex Puton, 19 anos, que ficou três dias em coma induzido, voltou ontem para casa e já está caminhando normalmente.

Ontem, o herói que fez seu salvamento, o bombeiro Tarcísio Beccari da Silva, visitou Alex.

– Conheci ele embaixo d’água e agora ele está aqui, em pé e bem mais corado – brincou o bombeiro.

O encontro foi emocionante. Alex não sabe bem o que aconteceu:

– Lembro que acordei no hospital.

Os pais, que viveram todo o drama, choraram ao reencontrar o bombeiro.

– O piá já estava sem vida – lembrou o pai Francisco Puton.

Beccari estava com dois colegas fazendo o trabalho de monitoramento dos banhistas na prainha do Goio-Ên, no Rio Uruguai, em Chapecó. De repente, ouviu pedidos de socorro que vinham da outra margem, em Nonoai (RS).

O bombeiro percorreu de jet-ski os cerca de 500 metros até o local. Lá foi informado do afogamento, que teria ocorrido havia cerca de 10 minutos.

Cinco minutos sem ar costumam deixar sequelas

Beccardi tirou o colete e, sem equipamento de mergulho, foi até o fundo do rio, sem sucesso. Em mais uma tentativa, ele se apoiou numa pedra a cerca de quatro metros de profundidade e tentou buscar o corpo em meio à água turva.

– Vi um vulto branco. Alex tinha a aparência de um cadáver, com os olhos e a boca aberta – lembrou.

Com o auxílio de outras pessoas, que jogaram uma corda, levou o corpo até a margem. Alex já apresentava sinais característicos de morte, como pupilas dilatadas, corpo mole e ausência de respiração.

O bombeiro fez massagem cardíaca e respiração boca a boca e contou com a ajuda de uma enfermeira, que estava nas proximidades. Depois de muitas tentativas, ele imaginou que não conseguiria recuperar a vida de Alex.

Mas não desistiu e, depois de mais algumas tentativas, Alex mostrou reação e voltou a respirar.

– Estou realizado, pois consegui devolver uma vida – disse o bombeiro, que trabalha na corporação há cinco anos.

Seu colega, cabo Luciano Hünning, disse que nunca viu algo igual em 17 anos na corporação:

– Não temos registro de alguém que ficou tanto tempo debaixo da água e saiu sem sequelas.

O normal é que, a partir de cinco minutos sem respirar, haja sequelas. Aliviados, os familiares de Alex brincavam que, ontem, ele estava comemorando sete dias de vida.

– Não tem explicação, foi Deus que me salvou – afirmou Alex, que garante tomar mais cuidado dentro da água.

Fonte: Darci Debona para o Clicrbs

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