quinta-feira, 12 de março de 2009

Centro de Blumenau deve ter apartamentos para atingidos por chuva de novembro

Previsão da Cohab é de que as 72 unidades sejam construídas ainda este ano

Além das 52 casas pré-moldadas que devem ser levantadas no Bairro Fidélis, em Blumenau, em parceria com a prefeitura, a Companhia de Habitação de Santa Catarina (Cohab/SC) pretende construir mais 72 apartamentos na área central do município, ainda este ano. Os recursos já estariam assegurados pelo órgão, que aguarda a identificação de terrenos seguros para receber as moradias.

Segundo a presidente da Cohab/SC, Maria Darci Mota Beck, os apartamentos, orçados em cerca de R$ 40 mil, seriam construídos com recursos a fundo perdido, que poderiam bancar cerca de R$ 27 mil do custo de cada moradia.

O valor restante seria financiado através da própria Companhia de Habitação ou da Caixa Econômica Federal. As prestações, assegura Maria Darci, não passariam de R$ 200 mensais.

— Blumenau merece toda a nossa preocupação, mas esses condomínios não nascem de um dia para o outro. Todos nós temos pressa, mas enfrentamos o problema da falta de terrenos. Onde há terrenos, estamos contratando as obras — afirma a presidente da Cohab/SC.

No caso das 52 moradias pré-moldadas de 42 metros quadrados que serão levantadas na Cohab 2, no Fidélis, apesar de o projeto ser do governo estadual, a execução da obra e a seleção das famílias atendidas serão feitas pela prefeitura. O financiamento segue o padrão dos futuros apartamentos, com prestações a longo prazo.

Na quarta-feira, Gaspar e Indaial foram visitados pela Companhia, que averiguou terrenos que devem receber as moradias populares para as famílias atingidas pela tragédia de novembro. Em Gaspar, quatro terrenos foram selecionados e estão sendo preparados.

Estudantes ajudarão a recuperar região

O Instituto Elos, organização não-governamental fundada por arquitetos urbanistas de São Paulo, deve enviar em julho cerca de 400 profissionais e estudantes para atuar em 10 cidades do Vale afetadas pela tragédia de novembro. Os parceiros do instituto atuam em diferentes áreas, como engenharia, arquitetura e administração.

O anúncio foi feito pela arquiteta Thais Polydoro no Seminário de Estratégia Habitacional de Blumenau e Região, que ocorreu no Viena Park Hotel entre segunda e quarta-feira. O Instituto Elos defende a participação das comunidades no processo de reconstrução e reforma de áreas de lazer e culturais, através de mutirões, gincanas e workshops.

— As pessoas não precisam esperar o poder público para agir. Com o apoio da comunidade, já fizemos verdadeiros milagres em diferentes partes do país, com o mínimo de recursos — afirmou Thais.

As comunidades afetadas pela tragédia irão participar do Jogo Oásis, projeto onde a organização convida moradores a projetar e construir uma estrutura pública para satisfazer suas necessidades, como praça, parque, creche ou centro cultural.

A previsão é que as atividades se estendam por uma semana. Ainda não foram definidas as cidades que passarão pelo projeto.

Repórter: Rafael Waltrick, no Diário Catarinense (clicrbs)

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